segunda-feira, 13 de agosto de 2012

VAMOS AOS VINHOS

Bom, já falei um pouco da História do mundo fascinante dos vinhos, agora vamos pois conhecer alguns, a descrição destas obras primas é maravilhosa, são como poesias.

O que podemos esperar dos vinhos? Evidentemente, cada um tem o direito de desfrutar dos que mais gosta. Afinal ao contrário do que alguns sugerem, beber um branco ou um tinto é um ato descomplicado. Basta ter um saca-rolhas, um copo e uma garrafa de boa marca e safra e se a companhia for agradável melhor ainda.
Com a ajuda da Revista GULA apresento aqui um rankig de alguns dos melhores vinhos brancos e tintos.
Podemos identificar as tendências, como por exemplo os vinhos naturais, os biodinâmicos e os orgânicos que entraram  com tudo no Brasil. Nesse terreno contudo é essencial que o produtor  seja qualificado, por ser muito mais dificil  acertar o ponto de em um vinho natural do que um elaborado com o auxilio dos métodos ortodoxos.
Também grande quantidade de portugueses Douro, é sucesso triunfante de uma região que provou ser capaz de fazer não só o admirável Porto, como igualmente soberbos brancos e tintos.
Aliam como poucos, a fruta e a suavidade dos exemplares do Novo Mundo com a finesse e o refinamentos das estrelas do Velho Mundo.
A Itália também aparece com força, afinal veio de lá um soberbo Barolo da safra de 2004, ao que tudo indica os italianos aprenderam a polir mais seus vinhos. A Espanha também é outro destaque, especialmente nos tintos das categorias superiores.
Finalmente, a tendência principal do mercado foi em direção ao crescimento da qualidade, numa prova de que os apreciadores se tornam cada vez mais exigentes e torcem o nariz para brancos e tintos mal elaborados ou com preços fora de uma atraente relação custo-beneficio. É a melhor notícia que poderia haver, ou seja, os súditos brasileiros de Baco, além de mais numerosos, estão cada vez mais esclarecidos.

Apresento:





PIO CESARE BAROLO 2004

Piemonte, Pio Boffa, cada vez mais inspirado, elaborou, grandes tintos. O Barolo é irresistível e coroa a trajetória ascendente dessa grande vinícola familiar, fundada em 1881 por Pio Cesare no coração de Alba.
O vinho é marcado pela opulência e elegância, aliás elegância e refinamento são as marcas registradas de estilo da vinícola sob a batuta de Boffa, nada de barolões pesados, nem superextraidos. Intensidade, finisse e caráter do terroir é o que busca a vinícola. Usa barris de carvalho francês para polir ainda mais seus melhores vinhos, apesar de que 30% são pequenas barricas.
A uva Nebbiolo, com a qual é elaborado o vinho, provém, de especiais vinhedos da região, tanto próprios como de terceiros bem selecionados: Ornato 70%, e o restante de Castiglione Falletto e Monforte d`alba, apenas terroirs com solos de marga helvética, que confere mais estrutura e pontencial de guarda vinhos.
O Barolo Pio Cesare 2004 possui uma base de fruta muito madura, refinada e suculenta. Trata-se de um frutado intenso, lembrando mel e tâmaras, sedoso, com grande frescor e vivacidade. Mostra uma mineralidade invejável, taninos finos e maduros que ajudam a formar a grandiosa estrutura. Exibe ainda nuances adicionais complexas, que vão desabrochar ainda mais com a idade, como castanhas, especiarias, trufas brancas é um leve e delicioso floral.

Montes Alpha M 2005 - Viña Montes - Vale de Apalta Chile








Vinho complexo e elegante, justo tributo ao talento do enólogo Aurelio Montes e ao terroir do Vale de Alpata, cujo potencial ele foi o primeiro a reconhecer.
É um corte bordalês clássico, muito bem acabado, com 80% Cabernet Sauvignon, 10% Cabernet Franc, 5% Merlot e 5% Petit Verdot. É rico nos aromas de fruta madura confitada, mel, tabaco, especiarias, caramelo. Tem um bom volume de boca, é gordo, equilibrado nos taninos maduros e no frescor, amplo e untuoso. Um tinto com muita fruta, mas a fineza dos grandes vinhos do Velho Mundo.

Jermann Sauvignon Blanc 2006 - Friuli/Venezia Giulia, Itália 






Nada como um grande vinho branco, cristalino, refrescante, complexo e estimulante.  Não é facil de achar mas quando se trata da linha dos vinhos do grande mestre dos brancos italianos, Silvio Jermann, fica fácil entender o sucesso.
Invejável, limpído, fresco, cristalino, frutado elegante, lembrando abacaxi maduro, marmelo, leve traço de aspargos, um defumado suave, mineral, equilibrado com suave e delicada base de mel, delicioso!

Quinta de La Rosa - Tones N 12 Tawny l0 anos - Douro, Portugal








Os Tawnie 10 anos são vinhos gloriosos. É esta seleção da Quinta de La Rosa excede em qualidade e História. Antes de engarrafar os próprios vinhos a familia Bergqvist guardava no Tonel N 12, um grande balseiro armazenado na cave por baixo da casa, pequenos lotes de seus melhores Porto e com o blend produzia um Tawny magnifico. A classe dos 10 anos mostra juventude com nuances maduras é sofisticado, complexo bem-acabado, com aromas de frutas secas, figo e mel. Grande untuosidade e harmonia, permanece muito tempo na boca.


Santa Digna 2006 - Miguel Torres - Vale do Curicó, Chile 






O irriquieto espanhol Miguel Torres percebeu o pontencial do Chile para bons vinhos antes de qualquer outro produtor europeu e comprou vinhedos no Vale Curicó ainda nos anos 1970. O tempo mostrou que estava certo, pois sua vinícola oferece grandes vinhos. Um deles é o rosé cor de cereja reluzente, elaborado com 100% Cabernet Sauvignon, identificada por adóravel herbáceo. Mantém frutado saboroso de ameixas vermelhas, morangos e toranja. Notas florais finas de violetas e flor de laranjeira enfeitam o vinho, que exibe vigor, estilo contemporâneo, é longo e macio, com harmonia entre fruta e acidez.


Arboleda Chardonnay 2005 - Casablanca, Chile







A linha Arboleda reflete as grandes virutdes dos vinhos chilenos da atualidade, com muita sofisticação. Ainda por cima, seus preços acessíveis dada a sua qualidade superior. Os tintos e brancos têm estilo refinado, no sentido da melhor evolução dos vinhos do país. Por tráz do sucesso, Edward Chadwick. Este Chardonnay de 2005 continua imperando. Trata-se de um branco refinado, intenso e elegante. Maçãs maduras, delicioso defumado, longo, cremoso, notas suaves de nozes e flores. Final longo, equilibrado, um belíssimo Chardonnay em qualquer lugar do mundo.


Bacalhôa Moscatel Roxo - Setúbal, Portugal 







Vinhos que deliciavam a familia real portuguesa quando esteve no Brasil, os Moscatel de Setúbal têm fama ainda maior. O Rei Sol, Luis XIV, tinha em Versalhes à mão esse suntuoso néctar. sedoso, estimulante, com ares muitas vezes orgíacos. Elaborado pela Bacalhôa Wines, este fantástico vinho de sobremesa é a cabal demosntração da grandeza da Moscatel Roxo, uva que quase se extinguiu. Cor dourada muito limpa. Raspa de tangerina sobre uma textura cremosa e finamente caramelizada. Frutado recordando abricots, marmelada, frutas amarelas. Estimulante equilibrado, prazer engarrafado.


Pizzato Merlot Reserva 2005 - Vale dos Vinhedos, RS 






A vinícola da familia Pizzato consolida um trabalho sério e consistente, a começar pelo cuidado no vinhedo. Desde o início se destacou pela qualidade de seu Merlot, pois chamou a atenção a todos com o inesquecível tinto safra 1999. Repete a dose, com o Merlot Reserva 2005, denso na cor púrpura, lembrando nos aromas rapadura, cassis, alcaçuz, com notas florais, de tabaco e caramelo. Na boca, é concentrado, untuoso e tem taninos maduros, emoldurados por boa acidez.


Racines Les Caillous ou Paradis 2004 - Loire, França  








O portifolio de vinhos naturais e orgânicos da World Wine não para de crescer, numa lista extensa ilustre. A boa noticia é que seu preço é acessível, dada a sua qualidade, distinção e raridade. É o caso deste tinto, produzido por Claude Courtois no Vale de Loire, um dos mais importantes centros de irradiação da cultura vinícola natural. É um corte das uvas Gamay, Pinot Noir, Cabernet Sauvignon e Côt (Malbec). Apresenta cor rubi-escura. Notas tostadas no belo frutado. Vivacidade, detalhes apimentados e um toque defumado. Algum tabaco, harmonia e final de prova impecáveis.




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