sábado, 29 de setembro de 2012

O CHILE

Já falei sobre vinhos do Velho Mundo, Novo mundo, agora eu quero aqui falar dos vinhos do Chile nosso país vizinho, mas antes de apresentar uma pequena lista dos melhores vinhos chilenos, vamos saber um pouco sobre o Chile, sua produção, e graças a Academia do Vinho posso aqui apresentar, sempre é bom aprendermos um pouco das coisas.

 
 

O CHILE




O Chile é, indubitavelmente, o país da América Latina que possui os melhores vinhos tintos elaborados com a uva Cabernet Sauvignon, alguns dos quais colocados pelos especialistas entre os melhores do mundo. Os vinhos tintos de outras uvas, especialmente a Merlot, melhoram a cada dia e alguns também já se destacam mundialmente. Os vinhos brancos, particularmente os elaborados com as uvas Chardonnay e os Sauvignon Blanc, fracos até cerca de uma década atrás, melhoraram substancialmente.
Uma das peculiaridades do Chile é o fato de não ter sido vítima da praga Phylloxera Vastatrix, que devastou grande parte dos vinhedos do mundo, devido à sua condição geo-climática, protegido pelo Oceano Pacífico à oeste e pela Cordilheira dos Andes à leste. Desse modo as parreiras chilenas são da espécie européia (Vitis vinifera) plantadas em "pé-franco", isto é, plantadas diretamente no solo, sem necessidade de enxertá-las sobre raízes de espécies americanas, resistentes à Phylloxera.
Outra delas foi a descoberta de mudas da variedade Carmenère nos vinhedos de Merlot. Essa uva foi julgada extinta quando a Phylloxera dizimou os vinhedos europeus e como que renasceu no Chile. Atualmente a Carmenère é a variedade emblemática do Chile, da qual se produzem varietais e também diversos cortes em vinhos Top.
Outras variedades que têm crescido no Chile são a Syrah, bem adaptada, com bons resultados em diversos vales e a Pinot Noir, surpreendendo com ótima tipicidade em sub-regiões mais frias. 
O Chile é um país com um território estreito, de 177 km de largura em média e 4300 km de comprimento. A vinicultura se desenvolve na parte central do território, numa extensão de 1.100 km.
Situado longitudinalmente entre a Cordilheira dos Andes e o Oceano pacífico, sua topografia particular cria vários climas diferentes influenciados pelo mar. Entretanto, no planalto central a serra costeira determina um clima mediterrâneo com verões quentes, pouca chuva e baixa umidade.
Estas características formam um excelente ambiente para o cultivo de uvas. Além disso, a barreira formada pelos Andes impede o acesso de pragas tão danosas como a famosa Philloxera, permitindo o crescimento de parreiras sem enxertia, diferente do que hoje se tornou obrigatório no resto do mundo.
Dados de Produção do Chile
Variedades Tintas:

Principais variedades:
Cabernet Sauvignon: 38.806 ha
Merlot: 9.656 ha
Carmenere: 8.249 ha
Syrah: 5.391 ha
Pinot Noir: 2.598 ha
Cabernet Franc: 1.226 ha
Malbec / Cot: 1.148 ha
Área total de uvas tintas: 88.703 ha ( jan/2009 )

Variedades Brancas:
Chardonnay: 12.739 ha
Sauvignon Blanc: 11.244 ha
Moscatel de Alexandria: 6.035 ha
Riesling: 333 ha
Viognier: 685 ha
Gewürztraminer: 287 ha
Área total de uvas brancas: 28.856 ha ( jan/2009 )                                                           

Área de Vinhedos:117.559,00 hectares



História

Na segunda viagem de Colombo para a América, em 1493, mudas de parreiras foram trazidas e rapidamente espalhadas pelo continente. Foram levadas para o Peru e depois para o Chile em 1548, pelos monges Bartolomeu de Terrazas e Franciso de Carabantes respectivamente. Do Chile foram introduzidas em Santiago Del Estero e Mendoza, assim iniciando a produção de vinhos na Argentina.
As primeiras safras chilenas aconteceram em Santiago e produziram pequenas quantidades de vinho para uso particular e para rituais religiosos. Alguns anos depois, Francisco de Aguirre conduziu a maior colheita em Copiapó, impulsionando uma atividade que perduraria pelos séculos seguintes, gerando um método de produção tradicional e um comércio local. Durante o período colonial, a colheita da uva foi a mais importante atividade agrícola onde homens, mulheres e crianças trabalhavam juntos na produção do vinho.
Três séculos após as uvas terem sido introduzidas no Chile, o verdadeiro potencial vinícola do local foi descoberto. A Independência do país abriu caminhos para novos mercados, que influenciaram a indústria vinícola chilena com novas tecnologias, vinhedos melhorados e maior qualidade na colheita. Uma das grandes mudanças aconteceu em meados do século XIX, com a criação de novas vinícolas como Carmen, Errazuriz Panquehue, San Pedro, Cousiño Macul e Concha y Toro. Durante o processo de modernização as variedades Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Pinot Noir foram importadas.
Somente em 1990, quase um século depois, as vinícolas chilenas empreenderam uma nova ênfase na produção, criando vinhos premium aclamados internacionalmente.

sábado, 15 de setembro de 2012

OS PORTUGUESES

Eu nunca havia provado do vinho português e nem sabia o quanto é bom os seus vinhos, até que um dia ouvi falar no vinho verde, fiquei curiosa e logo pensei que tratava-se de fato de um vinho de cor verde, qual minha surpresa ao conhecer o famoso vinho, que na verdade não possui na sua coloração o verde, mas confesso que aprecio com muito bom gosto este vinho magnifico e recomendo a todos que provem desta bebida dos deuses, então vamos conhecer um pouco sobre sua qualificações e denominações com a ajuda é claro da Academia do Vinho:

O País

Portugal é um país de longa tradição vinícola, iniciando sua história com a implantação da vinicultura pelos romanos, muitos séculos atrás.
A vitivinicultura portuguesa demorou a evoluir tecnologicamente e, por muito tempo, produziu poucos vinhos de alta qualidade. Nas últimas duas décadas, como conseqüência do importante desenvolvimento econômico, político e social do país, a vitivinicultura portuguesa experimentou grande evolução, particularmente no campo tecnológico.
Fato importante é que essa modernização foi realizada sem descartar os aspectos tradicionais positivos, como por exemplo, a utilização de variedades de uvas autóctones e tradicionais. Com ajuda da tecnologia, essas castas, que antes originavam vinhos de qualidade inferior, passaram a dar grandes vinhos, aperfeiçãondo suas características ímpares.
Portugal enfrenta a globalização de estilos e preferências de consumo investindo na preservação das características e tradições dos bons vinhos portugueses.
Nos últimos anos, com a instalação do Mercado Comum Europeu, o vinho português ampliou sua busca por qualidade e visibilidade internacional, conquistando uma posição merecida pela qualidade e diversidade de seus vinhos.
Diversos enólogos portugueses despontam como artistas no cenário mundial, com vários rótulos Top ganhando prestígio internacional e ocupando um merecido espaço reservado às estrelas.
Recentes mudanças na regulamentação impulsionaram novo valor aos Vinhos Regionais, situados entre os vinhos básicos e os classificados, que apresentam uma ótima relação custo-benefício, tornando-se cada vez mais competitivos pela associação com a personalidade marcante dos vinhos de Portugal.

Classificação dos Vinhos Portugueses

Os vinhos portugueses estão classificados em quatro níveis de qualidade:
Vinho de Mesa
Vinho que não se enquadra em nenhuma das classificações mencionadas a seguir, cuja produção pode ser feita em qualquer região do país . Não podem ter no rótulo nenhuma referência a uma região de produção ou a variedades de uvas
.
Vinho Regional

Vinho de qualidade superior ao vinho de mesa, produzido com, no mínimo, 85% de uvas provenientes da região especificada. Hoje existem muitos vinhos regionais de qualidade igual ou superior à de vinhos DOC, havendo inclusive alguns bons produtores que, por não concordarem com as regras impostas pela comissões reguladoras dessa categoria, passaram a rotular seus vinhos como regionais.
Vinho de Denominação de Origem Controlada (D.O.C.)
Teoricamente é a categoria de mais alto nível de qualidade e identifica o vinho produzido em região delimitada, sujeito a regras mais restritas quanto à procedência e variedades de uvas utilizadas, o método de vinificação, o teor alcoólico, o tempo de envelhecimento, etc. Equivale à AOC francesa, à DOC italiana e à DO espanhola.
Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.)
Para atender ao Mercado Comum Europeu foi criada a nomenclatura Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.) que engloba as IPR e as DOC. Também foram criadas denominações análogas para os vinhos espumantes e licorosos: V.E.Q.P.R.D. (Vinho Espumante de Qualidade Produzido em Região Determinada) e V.L.Q.P.R.D. (Vinho Licoroso de Qualidade Produzido em Região Determinada).

OS FRANCESES

Logo que falamos  França lembramos do Champagne, pois bem a França é um páis que possui uma diversidade de vinhos excelentes sendo os melhores do mundo, vamos conhecer suas denominações e classicações segundo a Academia do Vinho:


A França tem uma área similar ao estado de Minas, mas possui uma grande variedade de climas e características geográficas, o que cria um enorme conjunto de diferentes terroirs para a produção de vinho.
As seis regiões vinícolas francesas de maior prestígio internacional e cujos vinhos são disponíveis em maior quantidade no mercado brasileiro, são: Alsace, Bordeaux, Bourgogne, Champagne, Côtes (ou Vallée) du Rhône e Val (ou Vallée) de la Loire. Às elas somam-se as regiões Centre, Est, Jura, Provence, Languedoc, Roussillon, Savoie e Sud-Ouest, menos prestigiadas, mas com alguns vinhos de excelente qualidade.

O País

Não é um exagero classificar a França como o melhor país vinícola do mundo. Nenhum país possui tantos vinhos de excepcional qualidade como os encontrados entre os Vinhos AOC (Appellation de Origine Contrôlée), os vinhos de Denominação de Origem Controlada. Existem cerca de treze grandes regiões vinícolas na França, algumas das quais possuem até mais de vinte AOC. Além dos vinhos AOC, existe ainda uma enorme quantidade de Vins de Pays, ou Vinhos Regionais, alguns muito bons.
Das regiões vinícolas francesas a que mais se destaca é, sem dúvida, Bordeaux, por possuir o maior número de vinhos excepcionais, os grandes Chateaux do Médoc, muitos deles com preços excepcionalmente altos.
Os vinhos de alta qualificação de Bordeaux são os principais responsáveis pelo prestígio dos vinhso franceses no mundo, posição de marketing hoje pertencente à Champagne.
A Bourgogne (Borgonha), com seu clima mais frio e vinhos muito sofisticados, é a segunda região mais importante. Possui varias sub-regiões, cada uma com suas particularidades de estilo, mas todas usando com as mesmas uvas: Chardonnay e Pinot Noir. A Bourgogne é um mundo vasto, intrincado, delicado e maravinhoso pel aelegânci de seus vinhos.
Outras regiões de destaque são a Champagne, berço dos espumantes mais famosos do mundo, a Côtes du Rhône, produtora de excelentes tintos robustos, a Provence, berço de belos e delicados rosés, e o Languedoc-Roussillon, no sul, hoje a região mais emergente para o cenário internacional.
Para se entender corretamente a vinicultura francesa, é importante provar vinhos representativos de cada uma das regiões vinícolas francesas. Só assim é possível descobrir a diversidade e a complexidade dos vinhos franceses e suas infinitas vocações gastronômicas.

Classificação dos Vinhos Franceses

Vins de table - Vinhos de mesa
Constituem a maior parcela de vinhos da França: 55% da produção total. No entanto, são os vinhos de menor qualidade e não podem conter no rótulo o nome de nenhuma região, sub-região ou vinhedo específico, mas apenas a expressão Vin de France.

Vins de Pays - Vinhos Regionais
São vinhos de qualidade superior à dos vinhos de mesa, elaborados segundo regras restritas e provenientes de regiões não AOC pequenas, como departamentos ou províncias, distritos, zonas ou comunas, cujos nomes lhe conferem uma denominação específica. Correspondem aproximadamente a 15% da produção total dos vinhos franceses. Existem cerca de 150 regiões diferentes de vin de pays espalhadas por todo o país, mas a maioria (85%) é proveniente do sul do país, especialmente na costa mediterrânea sul, também conhecida como Midi.

Appellation d’Origine Vins Délimités de Qualité Supérieure (AOVDQS)
Vinhos Delimitados de Qualidade Superior - Constituem o segundo grau na hierarquia de qualidade. Provêm de 22 regiões vinícolas também delimitadas, mas de menor prestígio do que as AOC e representam 1% dos vinhos franceses. 

Vins de Appellation de Origine Contrôlée (AOC)
Vinhos de Denominação de Origem Controlada - São os vinhos de melhor qualidade, provenientes de áreas específicas que podem ser grandes regiões, sub-regiões menores, comunas, cidades e, até mesmo, um único vinhedo. Existem ao todo 357 AOC que, no entanto, correspondem a apenas 29% da produção total do país.

• Existe também a denominação Vins de Qualité Produits dans une Region Déterminé (VQPRD), isto é, Vinhos de Qualidade Produzidos em uma Região Determinada. Ela foi criada pela Comunidade Econômica Européia (CEE) para os vinhos de melhor qualidade dos seus países membros. Na França, a VQPRD engloba os vinhos dos tipos AOVDQS e AOC, citados anteriormente.

CONHECENDO A CLASSIFICAÇÃO DOS VINHOS ITALIANOS

Quando falamos em vinho logo lembramos da Itália, país tão maravilhoso e pioneiro do vinho, mas para entendermos melhor sobre suas qualificaçoes vamos conhecer um pouco com a ajuda da Academia do Vinho:

Características Geo-climáticas

Para entender a diversidade de regiões da Itália, estas são grupadas segundo sua localização geográfica, o que responde por uma certa homogeneidade de caracteristicas comuns, resultado da latitude (norte frio e sul quente) altitude (que reforça as tendencias da latitude) e a influência do mar (regiões costeiras ou continentais)
Em cada uma das macro-regiões assim definidas encontraremos diversas regiões, que por suas vez abrigam dezenas de DOCs (Denominações de Origem)
Assim sendo, a divisão macro-regional aqui apresentada não é oficial, mas apenas um grupamento que permite entender melhor as características geo-climáticas que afetam diversas regiões - estas sim, oficiais - ali situadas.

Classificação dos Vinhos Italianos

VINO DA TAVOLA
São vinhos de qualidade inferior, de qualquer procedência geográfica e não podem ter no rótulo o nome da uva, nem a safra, nem a região. Constituem cerca de 80% dos vinhos da Itália. Existem alguns poucos Vinos da Tavola de ótimo nível, por não se enquadrarem nas normas das DOC e DOCG.

INDICAZIONE GEOGRAFICA TIPICA (IGT)

Essa denominação foi instituida a partir de 1992 e é aplicada em cerca de 150 vinho de mesa elaborados em regiões geográficas específicas (uma província, uma comuna ou parte delas, tais como, uma colina, um vale, etc.).
No rótulo podem constar o nome da uva, a safra, a região e o tipo de vinho (frizzante, amabile, novello, etc.)

VINI TIPICI

Equivale ao Vin de Pays da França e, apesar de criada em 1989, continua sem uma normatização precisa. Pretende-se aplicar essa designação a vinhos de mesa diferenciados, com tipologia definida.
Atualmente, esses vinhos são incluídos na contagem dos Vini di Tavola, mas espera-se que venham a constituir cerca de 40% dos vinhos italianos.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA (DOC)

Qualificação criada em 1963, é atribuída aos vinhos provenientes de cerca de 300 regiões vinícolas delimitadas que podem ser uma pequena área, uma província ou uma área geográfica ainda maior.
Sua quantificação é complicada, pois algumas regiões, como Valle d’Aosta e Chianti, possuem diversos vinhos de distritos diferentes, mas são contadas como uma única DOC.
Apenas cerca de 15% dos vinhos italianos pertencem às DOCs e são elaborados com tipos específicos de uvas para cada região e por métodos específicos de vinificação. Cerca de 850 vinhos possuem a designação DOC e, junto com os DOCG, representam apenas cerca de 20% dos vinhos italianos. Em algumas DOC existem sub-classificações, tais como: Riserva ou Vecchio, para vinhos envelhecidos maior tempo em madeira; Superiore, para vinhos maior teor alcoólico ou maior período de envelhecimento.

DENOMINAZIONE DI ORIGINE CONTROLLATA E GARANTITA - DOCG

Classificação criada em 1982, abrange os melhores vinhos da Itália. É atribuída aos vinhos de quatorze DOC: Barbaresco, Barolo, Gattinara e Asti, no Piemonte; Franciacorta, na Lombardia; Brunello de Montalcino, Carmigiano, Chianti, Vino Nobile di Montepulciano e Vernaccia di San Gimignano, na Toscana; Albana di Romagna (na Emilia Romagna); Montefalco Sagrantino e Torgiano Rossso Riserva, na Umbria; Taurasi (na Campania)

OS FORA-DA-LEI

Alguns vinhos italianos, considerados entre os melhores do país e do mundo, classificam-se apenas como Vino da Tavola ou IGT, por não se enquadrarem nas normas das DOC e DOCG (tipos de uva, métodos de vinificação, etc.) e, por isso, são apelidados de “os fora da lei”. Na Toscana são chamados de Super-Toscanos.

CATEGORIAS ESPECIAIS

Essas categorias não tem relação com qualidade, mas apenas com uma característica específica que diferencia determinados vinhos de outros.

Novello (Jovem) - Vinho semelhante ao Beaujolais Nouveau, vinificado em pelo 30% através de maceração carbônica e com no mínimo 11 GL de teor alcoólico e não mais que 10 g de açúcar residual. Só pode ser vendido após 06 de novembro e deve ser engarrafado em 31 de dezembro do ano da colheita.

Vecchio (Velho) - Vinho que envelhece o mínimo três anos antes da comercialização.

Classico - Uma denominação que diferencia algumas DOC em níveis de qualidade, por exemplo Chianti e Chianti Classico.

Superiore - Vinho que envelhece no mínimo um ano antes da comercialização.

Riserva (Reserva) - Vinho que envelhece no mínimo três a cinco anos antes da comercialização. 

Spumante (Espumante) - Vinho espumante, como o Champagne, elaborado tanto pelo método Charmat ou por método Champenoise.

Frizzante (Frizante) - Vinho ligeiramente espumante, como o vinho verde português.

Secco, Abbocado , Amabile e Dolce - Definem o teor de açúcar do vinho que pode ser: seco, práticamente sem açúcar (secco); meio seco ou demi-sec, com teores médios de açúcar (abbocado e amabile); francamente doce (dolce).

Liquoroso (Licoroso) - Vinho fortificado ou naturalmente forte.

Passito (Passificado) - Vinho elaborado de uvas semi-desidratas (passas).

Ripasso (Repassado) - Vinho (Valpolicella) que após elaborado é deixado repousar nas borras de fermentação do Amarone, ganhando corpo, sabor e teor alcóolico

VINHOS DA ÁFRICA DO SUL

Há quem torce o nariz quando ouve falar em vinhos da África do Sul, mas esta região do planeta esta muito bem favorecida no cultivo de suas vinhas, eu até então desconhecia que a África do Sul possuisse estas vinhedas, então vamos conhecer um pouco sobre este país tão fabuloso conforme a Academia do Vinho:


O País

Na extremidade sul da África, no encontro de dois oceanos, eleva-se a majestosa Table Mountain, emoldurando um Cabo de importância histórica mundial.
Por 350 anos as culturas européia e oriental aqui se encontraram, modelando uma cidade ao mesmo tempo moderna e antiga, onde o vinho há séculos é parte viva e marcante.
O cabo presenciou momentos históricos, como a invasão holandesa em 1652, a britânica durante as guerras Napoleônicas, a revolução interna Groot Trek. Aqui em 1990 Nelson Mandela iniciou sua caminhada para a liberdade.
Hoje a África do Sul é uma democracia pacífica, que reflete na variedade de seus vinhos. Seus 300 anos de vinicultura refletem ao mesmo tempo classicismo e tradição do Velho Mundo e as influências do estilo contemporâneo do Novo Mundo.
Os vinhos sul-africanos traduzem solos, clima, variedade e cultura do Cabo, contando sua história para o mundo.




Características Geo-climáticas

A região do Cabo se estende por vasta extensão, compreendendo mais de 100.000 hectares de vinhedos cultivados por 4.500 produtores, com cerca de 340 vinícolas em operação.
Variando da região costeira até o quase deserto, temos uma diversidade de meso-climas e terroirs que trazem diferentes vocações em termos de variedades de uvas utilizadas e vinhos produzidos.
O clima é temperado com verões agradáveis e invernos frios, com chuvas entre maio e Agosto. Ventos vindos do oceano Atlântico, refrescado pela corrente gelada Benguela, amenizam o calor do verão.
Mais para o nordeste, continente adentro, as regiões de Klein Karoo, Olifants River e Orange River tendem a ser mais quentes e secas.
As alterações climáticas dos ultimos anos elevaram a temperatura média dessas regiões, mudando o perfil de seu terroir. Mais para o norte, recentemente começou-se a desenvolver regiões interiores mais altas e frescas, até então inexploradas para a vinicultura sul-africana de qualidade.
Informações sobre a África do Sul
Site:www.sawis.co.za
Clima:Temperado com verões quentes e amenos.
Chuvas:1000 mm/ano na região costeira, bem menores nas regiões interiores.

Pinotage: a uva emblemática

Em 1925 Abraham Izak Perold, o primeiro professor de Viticulture na Stellenbosch University, cruzou Pinot Noir com a Hermitage (Cinsault), daí nascendo uma nova variedade: a Pinotage.
Essa variedade é genuinamente sul-africana, sendo festejada mundialmente por seus vinhos marcadamente ricos e especiados. Mais de 20% dos vinhos tintos sul-africanos é produzido com essa variedade.
Dados de Produção da África do Sul
Variedades Tintas:Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinotage, Pinot Noir, Shiraz.
Cinsault e Mourvedre são introduções recentes.
 
Variedades Brancas:Chardonnay, Chenin Blanc (Steen), Sauvignon Blanc, Sémillon.
Outras: Riesling, Colombrad, Gewürztraminer, Muscat de Frontignan, Muscat de Alexandria, Pinot Gris, Cape Riesling (Crouchen Blanc) e Viognier
 
Área de Vinhedos:102.146,00 hectares

História

Em 1652 a Companhia das Índias Ocidentais instalou um posto de apoio no cabo da Boa Esperança. A partir de 1659 começou-se a produzir vinho na região, a partir de uvas locais.
Em 1688 Huguenotes franceses católicos, fugindo da perseguição religiosa, se estabeleceram no Cabo, contribuindo para o desenvolvimento de sua vinicultura. A região de Franshoek foi seu núcleo de situação.
Durante o século 18 os vinhos de Constantia adquiriram reputação internacional, comercializados pela Companhia em leilões na Holanda e rivalizando com os saborosos vinhos europeus.
Por volta de 1950 os produtores locais foram influenciados por técnicas enológicas alemãs e italianas, e os líderes fundaram em 1955 o Instituto de Pesquisas em Viticultura e Enologia, hoje conhecido como Nietvoorbij.
A partir de 1970 novas diretrizes de qualidade resultaram na conversão de vinhedos e no desenvolvimento das regiões costeiras (Coastal) mais frescas e na utilização de variedades mais nobres. Daí em diante novas tecnologias de vinhedos e caves passaram a produzir vinhos cada vez mais qualificados e de classe internacional.
Hoje, uma entusiasmada legião de jovens vinicultores desenvolvem sua herança, tirando vantagem de seu terroir único para produzir vinhos vencedores em competições internacionais e exportando-os para mais de 80 países.


Agora que conhecemos a História que tal provamos destes maravilhosos vinhos?!

AS PROFISSÕES SOBRE OS VINHOS

No maravilhoso mundo dos vinhos exitem pessoas muito bem conceituadas quando assunto é VINHO, e para tanto são classificados como Sommelier, Enófilo e Enólogo, vamos ver o que cada uma delas signifca  conforme wikipédia e também da Académia do Vinho:

SOMMELIER (português brasileiro) ou escanção (português europeu) é um profissional especializado, encarregado em conhecer os vinho e de todos os assuntos relacionados ao serviço deste. Adicionalmente, cuida da compra, armazenamento e rotação de  adegas e elabora cartas de vinho em restaurantes
Na Antiguidade, o escanção era quem vertia o vinho nos copos dos convivas, nos banquetes.


E agora outra profissão curiosa, o Enófilo


ENÓFILO é um estudante de vinhos (ou amante), aquele que se dedica profissionalmente ou por prazer a estudar o maravilhoso mundo dos vinhos. Enófilo é diferente de Enólogo, devido ao fato de que o Enólogo é um graduado que cuida da produção de vinhos exclusivamente.
No Brasil até agora não existe uma regulamentação da profissão de sommelier. O projeto está parado no Congresso Nacional.
Por este motivo também não há uma escola responsável oficialmente pela formação desses profissionais, nem um currículo aprovado pelo MEC, nem um diploma reconhecido.
Diversas entidades ministram cursos profissionalizantes, como as ABS, as SBAV, os SENAC e várias escolas particulares.
Aqui cabe uma observação: a medicina já provou que as mulheres têm o aparelho olfativo melhor do que o dos homens. Sendo assim, com o "equipamento" garantido, cabe às mulheres se dedicar ao estudo dos vinhos e assim ocupar cada vez mais lugar no interessantíssimo mundo do vinho, seja como Enólogas, Sommeliers ou simplesmente Enófilas. 
 
 
E o Enólogo!?
 
 
ENÓLOGO      é um profissional formado em Agronomia, com especialização em Enologia, ou formado em uma faculdade de Enologia.
No Brasil só existe uma Universidade que oferece este curso, está em Bento Gonçalves na Serra Gaúcha.
As profissões de enólogo e de técnico em enologia foram regulamentadas no Brasil em 2007, pela Lei nº 11.476, de 29 de maio.
O Enólogo trabalha na vinícola e é responsável por todas as decisões de produção do vinho: análise do solo, métodos de irrigação, escolha das mudas, da melhor técnica para plantar, para podar, para colher (nesta fase de cuidado com as plantas ele pode ter o auxílio de um agrônomo).
Após a colheita o enólogo define as técnicas de vinificação, os cortes (mistura de uvas), o tempo de amadurecimento e a hora de colocar o vinho no mercado.
O Enólogo precisa tomar decisões importantes durante todo o processo de produção e estas decisões são fundamentais para o resultado final, o vinho.
 
 
Mas também existem os Enochatos, eu nem sabia que era esse o nome
 
ENOCHATO é aquela espécie da qual todos nós conhecemos um exemplar (ou vários).
O enochato chega às festas ou ao restaurante, pega uma taça, certifica-se de que tem bastante gente olhando, faz cara de entendido, gira o copo no sentido horário e com inclinação de 26,487º em relação a Greenwich, funga dentro da taça, revira os olhos, fala um monte de coisas complicadas e depois olha para as outras pessoas presentes com ar superior, como se elas fossem a ralé da humanidade por não entender de vinhos tanto quanto ele.
É justamente por causa dos enochatos que o vinho tem essa fama de coisa complicada, inacessível, sofisticada, exclusiva de gente rica, metida e chata.
Propomos aqui uma campanha internacional de extermínio dos enochatos e para isso não é preciso usar violência, basta que ninguém mais preste atenção às macaquices deles frente a uma taça de vinho. Sem platéia, o enochato murcha, perde a pose e sai de fininho.
É preciso acabar com essa impressão elitista que as pessoas têm do vinho.
No século 17, a Igreja Católica dava pão e vinho às famílias pobres! Vinho era considerado item de primeira necessidade, fazia parte da cesta básica!
Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de mistérios e dificuldades.
A partir de agora você também é um soldado nessa luta para popularizar o vinho, combinado?

sábado, 1 de setembro de 2012

VINHOS QUE VALEM A PENA POR MENOS DE R$50,00

Bom andei lendo uma lista bem sugestiva de excelentes vinhos que podemos comprar e o melhor de tudo é que valem menos de R$ 50,00 isso é ótimo, então ai vai as dicas:


NERO BRUT


 esse espumante nacional é elaborado pela Domno Brasil, no vale dos Vinhedos, com as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling. Perlage (as bolhas que se formam no vinho) fino e persistente, com aromas de frutas tropicais maduras e notas florais. Eqilibrado, fresco e com boa cremosidade, acompanha bem saladas, peixes e carnes magras. Ele custa apenas R$ 24,90 na Domno do Brasil.



Viña Maipo Sauvignon Blanc 2011



 elaborado pela Viña Maipo, em Vale Central (Chile), é uma ótima opção de Sauvignon Blanc do Chile. Aromas delicados de frutas cítricas, fresco e equilibrado no paladar. Perfeito com peixes e frutos do mar, saladas e também para um aperitivo entre amigos. Custa R$ 23,00 na importadora Ravin.
 
 

Urban Uco Chardonnay 2010

 

 
 
excelente chardonnay da argentina produzido pelo O.Fournier, uma grata surpresa de Mendoza. Aromas de frutas tropicais maduras e notas amanteigadas, com ótimo frescor e uma certa cremosidade no paladar. Acompanha bem aspargos, crustáceos, atum e salmão. Um pouquinho mais caro do que os já citados, custa R$ 43,58 na importadora Vinci, mas vale muito a pena para quem curte um vinho refrescante.


Alandra tinto 2011



tinto feito com as uvas Moreto, Castelão e Trincadeira pela Herdade do Esporão, tradicional vinícola do Alentejo (Portugal). Destaque para os aromas de frutas vermelhas maduras e o ótimo frescor, que harmonizam bem com pratos à base de carne de porco ou com as típicas sardinhas grelhadas. Pode ser encontrado na importadora Qualimpor por módicos R$ 24,50


Petirrojo Merlot 2011


vinho chileno de ótimo custo benefício elaborado pela Viña Bisquertt em Colchagua. Este merlot é intenso e delicado, com aromas de frutas frescas e taninos macios no paladar. Delicioso com massas, pizzas e carnes grelhadas. A importadora World Wine oferece a iguaria por R$ 28,00.


Emiliana Adobe Cabernet Sauvignon 2010




considerada a maior vinícola orgânica do mundo, a chilena Emiliana (no Vale Central) produz vinhos com a máxima expressão do terroir. Este agradável Cabernet Sauvignon é equilibrado, com taninos macios e ótima persistência no paladar, boa companhia para carnes assadas, risoto de cogumelos ou queijos maduros. O Cabernet Sauvignon da Emiliana é vendido por R$ 35,00 na importadora La Pastina.



Feudi di San Gregorio Vivi Primitivo 2010



o nome “Vivi” do rótulo significa viver em italiano, uma referência a arte do bem viver e da cultura. Tinto elaborado em Ognissole (Itália) com a uva primitivo, típica do sul da Itália, apresenta aromas de ameixas e cerejas com toques de especiarias. Descomplicado, fácil de beber, vai bem com pizzas e massas à base de molho vermelho. Custa R$ 36,00 na importadora La Pastina.




Artero Tempranillo La Mancha 2010



 agradável tinto espanhol elaborado com a uva tempranillo, em uma das regiões promissoras da Espanha, Bodegas Muñoz-Artero (La Mancha). Aromas frescos, com destaque para amoras e notas herbáceas. No paladar é macio, com taninos bem equilibrados com a acidez. Que tal comprar na importadora Decanter por R$ 37,40?



Kaiken Reserva Malbec 2010



 elaborado em solo argentino pela famosa vinícola chilena Vina Montes, este Malbec é bastante estruturado, com aromas agradáveis de frutas vermelhas maduras e notas tostadas, típicos da casta. Ideal para acompanhar carnes assadas. Por R$ 43,58 você consegue comprá-lo da importadora Vinci.



Château Bois Pertuis 2010



localizado ao norte de Bordeaux (França), este pequeno Château conseguiu expressar todas as características desse privilegiado terroir neste vinho de excelente custo benefício, elaborado com predominância de uva Merlot. A maravilha francesa está à venda na importadora World Wine por R$ 49,00

TORO LOCO

Eis um nome que todos irão lembrar-se sempre, o vinho Toro Loco ganhou o título de um dos melhores vinhos do mundo, foi premiado na Internacional Wine & Spirits Competition realizado na Inglaterra por jurados em teste cego que o colocou a frente de vinhos até dez vezes mais caros.
Para alcançar a medalha de ouro é necessário alcançar de 90 a 100 pontos
Antes de ser reconhecido internancionalmente, o vinho produzido na Região de  Utiel-Requena, província espanhola de Valência. Um dos segredos para o sabor único do Toro Loco é exatamente a região onde as uvas foram cultivadas. A Espanha possui a maior superfície de vinhas do mundo, adaptadas a uma das melhores condições de clima e solo, a região do Mar Mediterrâneo. Isso gera a grande oferta de uvas sadias e velhas, o que permite a produção de vinhos de qualidade e a preços simpáticos (já que a oferta e a produção são muito grandes).






  • Comentário do Sommelier Manuel Luz Sommelier Wine

    "Vinho tinto frutado com aromas que remetem a ameixa madura e compota de frutas vermelhas. Em boca tem sabor macio e frutado, confirmando os aromas em nariz. Possui acidez refrescante e taninos suaves. Apesar de ser um vinho espanhol, tem estilo bem moderno, muito parecido com os vinhos do novo mundo."
  • A Uva

    Tempranillo é a uva símbolo da Espanha que se espalhou pelo mundo por sua facilidade de adaptação a diferentes climas e solos, principalmente a regiões quentes e secas com grande amplitude térmica. Seu nome remete ao fato da uva brotar cedo (temprano, em espanhol), com um amadurecimento rápido e ciclo curto de crescimento. É interessante notar que a cada novo lugar, a casta ganhou também um novo nome, ultrapassando mais de 15 denominações que variam de país e de região, entre os quais se destacam Tinta Roriz (Douro, Portugal), Tinto Fino (Ribera del Duero, Espanha) e Aragonês (Alentejo, Portugal).
    A uva Tempranillo gera vinhos macios e frutados, que tendem a ser redondos, como o Toro Loco Tempranillo 2011.

  • SOBRE O VINHO


    Safra 2011, deve ser servido com temperatura de 15ºC, tem um visual rubi com reflexos violáceos, uva Tempranillo 100%, seu teor alcóolico é de 12,5%, podendo ser armazenado por três anos, seu amadurecimento é macerado, fermentado e amadurecido em cubas de aço inoxidável, na boca ele é frutado, de corpo leve, de taninos macios, muito fácil de beber.
    A sugestão para sua  harmonização é uma refeição leve e descontraída, como por exemplo: bife a cavalo, lasanha, sanduiches gourmet e grelhados.

    Então SALUD A TODOS!!