terça-feira, 21 de agosto de 2012

A HISTÓRIA DO VINHO

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A história do vinho tem grande importância histórica, pois o seu surgimento em tempos remotos tornou-o um produto que acompanhou grande parte da evolução ecônomica e sócio-cultural de várias civilizações ocidentais e orientais.

Vinhas na região do Minho, Portugal

A origem do vinho. O vinho possui uma longínqua importância histórica e religiosa e remonta diversos períodos da humanidade. Cada cultura conta seu surgimento de uma forma diferente. Os cristãos, embasados no Antigo Testamento, acreditam que foi Noé quem plantou um vinhedo e com ele produziu o primeiro vinho do mundo ("E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha." Gênesis, capítulo 9, versículo 20). Já os gregos consideraram a bebida uma dádiva dos deuses. Hititas, babilônicas, sumérias, as histórias foram adaptadas de acordo com a tradição e crença do povo sob perspectiva.
Do ponto de vista histórico, sua origem precisa é impossível, pois o vinho nasceu antes da escrita. Os enólogos dizem que a bebida surgiu por acaso, talvez por um punhado de uvas amassadas esquecidas num recipiente, que sofreram posteriormente os efeitos da fermentação. Mas o cultivo das videiras para a produção do vinho só foi possível quando os nômades se tornaram sedentários. Existem referências que indicam a Geórgia como o local onde provavelmente se produziu vinho pela primeira vez, sendo que foram encontradas neste local graínhas datadas entre 7000 a.c. e 5000 a.c.
Que o vinho tenha sido inventado antes da escrita e do arado, há 7.500 anos, diz alguma coisa sobre a humanidade? O filósofo francês Gaston Bachelard acha que sim. Ele escreveu que essa é mais uma das inúmeras provas de que a humanidade evoluiu movida mais pelo desejo que pela necessidade. Recentemente, o pesquisador americano Patrick McGovern, da Universidade da Pensilvânia, conseguiu reproduzir em laboratório uma mistura alcoólica que, segundo ele, serviu para embriagar os convivas que participaram no ano 700 a.C., da cerimônia fúnebre em homenagem ao rei Midas, da Frigia, reino que ocupou uma região central onde fica hoje a Turquia. Parte do trabalho de Mcgovern, um arqueólogo molecular, consiste em recolher amostras microscópicas de restos de vinhos e uvas que resistiram aos milênios no interior de ânforas antigas. Com a mínima quantidade de material genético preservado, o cientista identifica a composição do líquido que esteve na ânfora, e no laboratório, refaz a mistura. “A bebida que embalou o enterro do rei Midas era adorável. Era uma mistura de vinho, cerveja e mel fermentado com água”, diz ele que é autor de um livro recente sobre a história da nobre bebida de uvas fermentadas. O livro se chama em Inglês “Ancient Wine: The Search for the Origins of Viniculture (Vinhos Antigos: A Busca das Origens da Vinicultura).
Sua ambição maior é descobrir onde e quando foi feito o primeiro vinho. É um mistério de difícil solução. Ele acredita que a primeira incursão do homem na vinicultura só pode ter começado depois da Idade do Gelo, quando as duras condições de existência e a ausência de caça obrigaram a humanidade a se organizar em grupos maiores que os clãs, com regras rígidas de convivência e, claro, com sua economia baseada na agricultura. Por aí vemos que estes grupos não podiam ser nômades, posto que as plantações tinham que ser colhidas todo o ano em especial a parreira, que seus primeiros frutos demoram quatro anos para darem frutos, isto já na fase de produção. Por esses critérios, conclui ele, o vinho não pode ter mais de 10.000 anos.”Muito provavelmente diversos grupos humanos em diferentes regiões descobriram independentemente o processo de domesticação e fermentação da uva selvagem” escreveu Mcgovern.A razão é simples. A fermentação pode ocorrer em situações naturais, sem a ação humana.Algumas leveduras são introduzidas em uvas por vespas e outras pragas e, pronto, o conteúdo da uva se torna alcoólico.”Por tentativa e erro, as populações antigas acabaram por descobrir uma maneira de controlar o processo e reproduzi-lo em alta escala”, diz o cientista.
Uma vez dominado o processo, o vinho se ternou uma bebida requisitada e tão valiosa quanto o azeite nas transações entre os povos das primeiras civilizações. Para os egípcios, há 5.000 anos, o vinho ocupava lugar superior ao da cerveja entre as bebidas alcoólicas. Graças aos hieróglifos sabe-se que o vinho dos faraós, era guardado em toneis de Acácia. E uma observação dos desenhos torna evidente que o vinho era tinto, ou melhor dito, rose. Ou branco, como não havia forma de guardar o vinho, o tinto novo era muito adstringente, daí a suposição. Possivelmente porque as ânforas já permitiam alguma vedação, suficiente para amansar um vinho, fermentado com as cascas, desde que sem exageros. As ânforas de argila recebiam rótulos em que os fornecedores dos faraós classificavam os vinhos por sua origem e qualidade usando termos como “bom” e “muito, muito bom , com a origem da uva, a natureza do solo, o nome do proprietário e do ENÓLOGO. Os chefes de equipe das pirâmides eram pagos com ânforas de vinho. Já os servos tinham de se contentar com cerveja. Os faraós, de acordo com suas crenças na imortalidade da alma, eram enterrados com todos seus pertences, incluindo ânforas de vinho, para sua caminhada aos céus, e por serem considerados deuses eram enterrados nas pirâmides, que significa um portal para a eternidade, daí a existência das mesmas em profusão no Egito.
Traços de sementes de uvas prensadas e de mosto seco são encontrados nos Montes Cáucasos, datados de 7 mil anos a.C.. Armenios e Georgianos disputam a paternidade do vinho.Persas e Sumérios experimentaram a adaptação das parreiras e diferentes tipos de solos e utilizavam diferentes tipos de uvas para obter vinhos de diversas qualidades, como nos ensina o Mestre Groff.
O vinho, diferentemente da cidra e da cerveja, é um produto sazonal, recolhido num curto espaço de tempo, exigindo uma mão de obra concentrada porque a uva, ao contrário da cevada e das maçãs, não pode ser estocada para vinificar mais tarde. Logo a sociedade que faz vinho tinha de ser mais organizada.
Este um retrospecto das origens do VINHO, que tanto encanta a humanidade através dos milênios. Trouxemos assim, ao conhecimento e reflexão de nossos leitores(as) visão muito resumida da valiosa contribuição ao mundo e amplo quadro da evolução do vinho no mundo antigo.A intenção foi introduzir informações gerais, para provocar e estimular felizes descobertas.
Celebremos a vida com um brinde com responsabilidade à arte de viver com saúde e felicidades, com uma nova descoberta a cada garrafa.
LAOS VINO ET DEO (Louvor ao vinho e à Deus que o criou.
AVOE. BRADO DE EVOCAÇÃO À BACO POR SEUS SÚDITOS.
O VINHO TRATADO COM INTELIGÊNCIA.

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